- Pedro, eu tenho HIV.
Seus olhos perderam o brilho e se transformaram em poços profundos de escuridão. Dei-lhe o silêncio para poder digerir a verdade. Quando voltou a si, Pedro me abraçou durante um longo tempo; segurou minha mão e assim fomos até a minha casa. Na despedida, seus lábios secos foram de encontro à minha bochecha. Uma lágrima quente escorreu de meus olhos.
Naquele momento eu soube que nunca mais voltaria a vê-lo.
Minha vida sem Helena
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Era estranho entrar em casa e não ter mais Helena me esperando com um sorriso enfeitando a sua face e com milhões de beijos para serem distribuidos à mim. Ela não mais me pertence, não mais pertence a essa casa, com a qual sempre sonhamos, e muito menos a esse mundo, o mundo que juramos conhecer juntos.
Ela não esta mais aqui.
E mesmo que eu teime em não acreditar nisso, o meu orgão pulsante sabe a verdade e pulsa cada vez mais lentamente toda vez que tal verdade vem a tona.
Ela não está mais aqui.
E toda a sanidade que ainda restara em meu corpo foi embora junto com ela.
Ela não está mais aqui, e eu também não deveria estar.
Era, não é mais.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Sentada ao pé de uma amendoeira, uma sopro quente toca meu rosto e me faz lembrar você.
Recordo das noites de frio em que você me esquentava com seu corpo sempre fervente, de como você me beijava calorosamente sempre que chegava em casa e de como você me abraçava, só para mostrar o quanto eu era sua.
Tempos bons e que não voltarão mais. Confesso que durante muito tempo eu senti falta do seu toque, mas que agora já não me são mais necessário.
O vento então muda de direção e eu volto ao mundo que muitos chamam de "real". Me dou conta do homem que ali está deitado em meu colo, o homem a quem amo, e faço com que os pensamentos que a pouco rondavam minha mente, sumam. Meu doce enfermo. Sem ele eu morro e sem mim ele não existe.
Recordo das noites de frio em que você me esquentava com seu corpo sempre fervente, de como você me beijava calorosamente sempre que chegava em casa e de como você me abraçava, só para mostrar o quanto eu era sua.
Tempos bons e que não voltarão mais. Confesso que durante muito tempo eu senti falta do seu toque, mas que agora já não me são mais necessário.
O vento então muda de direção e eu volto ao mundo que muitos chamam de "real". Me dou conta do homem que ali está deitado em meu colo, o homem a quem amo, e faço com que os pensamentos que a pouco rondavam minha mente, sumam. Meu doce enfermo. Sem ele eu morro e sem mim ele não existe.
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